Arquitetura na Lei Brasileira de Inclusão

Relação entre arquitetura e Lei Brasileira de Inclusão, como a arquitetura pode atender a acessibilidade

Lei Brasileira de Inclusão e Arquitetura

O projeto de arquitetura que viabilize a acessibilidade é citado em vários capítulos da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da pessoa com deficiência)
Pois para as pessoas com deficiência terem acesso à Educação, Saúde, Trabalho, Habilitação e Reabilitação, Moradia, Cultura, Esporte, Turismo e Lazer, faz-se necessário que elas possam interagir de forma autônoma, segura e independente com as edificações e espaços onde irão exercer estas atividades.

Algumas tipologias de uso são ainda regulamentadas em decretos específicos, como hotéis, pousadas e similares, residenciais multifamiliares, teatros, cinemas, locais para práticas e exibições esportivas, dentre outras.

O planejamento e dimensionamento dos espaços deverá ser feito de preferência seguindo o conceito do Desenho Universal, que como diz o nome serve para todos, com todas as idades e características.
Se isto não for possível e nos casos que o desenho universal não seja exigido na legislação, é mandatório que se assegure o acesso à todas as atividades seguindo as normas referidas nas leis.

O projeto e a construção de edificação de uso público, particular de uso coletivo e residencial de uso privado multifamiliar devem atender aos preceitos de acessibilidade e as edificações já existentes devem garantir acessibilidade à pessoa com deficiência em todas as suas dependências e serviços, tendo como referência as normas de acessibilidade vigentes.

Considera-se discriminação em razão da deficiência, conforme descrito na L BI, toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas.

No que se refere à acessibilidade as normas a serem seguidas, são dentre outras a NBR 9050/2015, a NBR 16537/2016 e a NM313/2017 e os quantitativos, e regulamentações estabelecidos nas leis e decretos federais, estaduais e municipais. Procure sempre a atualização mais recente, por exemplo no novo Código de Obras de São Paulo é exigido o certificado de acessibilidade.

As principais normas técnicas atuais sobre acessibilidade e que devem ser seguidas em projetos são:

•NBR 9050/2015:
• Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos

NBR 16537/2016:
•Acessibilidade — Sinalização tátil no piso — Diretrizes para elaboração de projetos e instalação

NM313/2017 :
•Elevadores de passageiros – Requisitos de segurança para construção e instalação – Requisitos particulares para a acessibilidade das pessoas, incluindo pessoas com deficiência

Agora sou uma LEED AP BD+C

Em 2012 conheci o LEED, um sistema de orientação e certificação para o projeto e construção de edifícios sustentáveis, apresentado por uma arquiteto amigo, e imediatamente me identifiquei, estudei, prestei a prova e me tornei uma LEED Green Associate, que demonstrava conhecimentos básicos sobre a sustentabilidade das edificações. Na época a versão do LEED era a 2009, hoje a versão que está valendo é a V4, muito mais exigente, como diz o nome do sistema, sempre liderando o mercado, elevando os padrões.
Com o tempo fui aprofundando os estudos, recebi 2 premiações, da Casa Cor e do Planeta Casa e há 3 meses prestei a prova para LEED AP BD+C, ou seja me tornei um profissional acreditado no sistema para projeto e construção de edifícios. No Brasil ainda somos poucos profissionais com esta expertise.
O BD+C engloba novas construções, Core and Shell(Núcleo e envelope), hospitais, escolas, prédios comerciais e residenciais, hotéis, shopping centers, lojas,armazéns e data centers, cada um destes com algumas particularidades, uma escola não pode ser tratada da mesma forma que um data center.
Os outros referenciais são ID+C,focado no Design de Interiores, que engloba os interiores comerciais, lojas e hotéis, O O+M, que é focado em operações e manutenção para edifícios existentes, escolas, lojas,hotéis, prédios residenciais multi familiares, data centers e armazéns e ainda o ND para bairros.
O LEED(Leadership in Energy and Environmental Design), uma certificação americana para empreendimentos e bairros sustentáveis, com seus referenciais específicos para cada tipo de construção ou situação, organizam de forma clara e objetiva, um roteiro a seguir para conquistar créditos, relacionados aos diversos aspectos da construção. A depender da pontuação obtida pelo atendimento destes créditos, a edificação, design de interiores ou bairro, recebe um selo demonstrando isto. Com 40 a 49 pontos atinge-se o nível Certified, 50 a 59 pontos o nível Silver(prata), de 60 a 79 pontos o nível Gold(Ouro) e a partir de 80 a 110 pontos, o nível máximo que é o Platinum(platina).
Os projetos que buscam a certificação LEED, devem atender todos os pré requisitos e escolher os créditos a serem conquistados.
Os créditos são organizados em categorias, localização e transporte,terrenos sustentáveis, eficiência da água, energia e atmosfera, materiais e recursos, qualidade do ar interno, inovação em design e créditos regionais.
São abordados desde a escolha da localização do terreno, proximidade dos meios de transporte, manejo das água de chuva, sistemas e equipamentos elétricos e hidráulicos, materiais a serem utilizados, dentre outros, tudo visando diminuir o impacto da edificação no meio ambiente.
Continuo meus estudos tanto no LEED quanto em outro sistema de certificação que é o Well BUilding, que na minha opinião complementa muito bem o LEED, pois foca no bem estar do usuário, e tem muitas sinergias.

Projeto de Interiores bem pensado

Projeto de interiores bem pensado, base neutra, uso da cor, bons materiais

Um bom projeto de interiores valoriza e muito o imóvel.
Sempre converso com meus clientes sobre a importância da escolha de bom materiais em pisos, sejam de madeira, pedras, ou até mesmo os vinílicos, bancadas e revestimentos de banheiros, como mármores, porcelanatos e pastilhas. Um material de boa qualidade e por exemplo porcelanatos de piso com dimensões maiores, valorizam muito o imóvel, e se o custo da mão de obra, argamassas, caçambas, etc, vão ser fixos por metro quadrado, é bom avaliar se a diferença de preço entre os produtos no valor final realmente vai ser relevantes.
Deve-se investir também em um bom projeto de iluminação, com luminárias duráveis e lâmpadas de LED, que tem uma vida útil muito maior, além do gasto energético ser bem menor. Um bom projeto de iluminação destaca e valoriza bastante os ambientes.
Sou fã dos mármores, para banheiros ele é indicado, e sugiro ele sempre que possível, pois ele adicionada um toque de sofisticação, além, de ser um material, que se bem aplicado, tem uma vida útil enorme.
Para bancadas de cozinhas e áreas gourmet. os granitos são mais indicados do que o mármores pois são menos porosos e mais resistentes ao calor. Existem também materiais sintéticos como o Silestone que também cumprem muito bem esta função.
Chamo esta parte “fixa” como pisos,paredes e bancadas, de base. Esta base deve partir de tons neutros como cinzas, off whites ,beges, preto e branco. Os móveis fixos, como armários de cozinha , armários para roupas e gabinetes de banheiros também tem que ser de ao qualidade. Mesmo que não sejam de grife, podem ser feitos por um bom marceneiro com bons materiais, sempre adequados para cada uso. Estes também aconselho que sigam uma palheta de cores mais neutras também.
Em cima desta base podemos ousar nos acabamentos de alguns móveis e principalmente de quadros e adornos para fazer uma decoração com personalidade.
Gosto muito de usar cor nos meus projetos, gosto de ter sempre alguns pontos focais de destaque com uso de cor, às vezes podem ser até em móveis grandes como um sofá, mas é preciso estudar bem a composição toda.
Pinto quadros também, desde meus seis anos, e aprendi com o tempo, como as cores se comportam nas composições, como se misturam e como se complementam.
O segredo é buscar um resultado harmônico.

Big Heart Parade-Coração Glam Punk

Estou participando da Exposição Big Heart Parade no DeD Shopping, com o Coração Glam Punk. para criar o coração tive várias inspirações, algumas delas são do estilista Christian Louboutin e algumas de suas criações, nas jóias poderosas da Hebe Camargo, nas jóias douradas que a minha mãe usava e o toque de ousadia nos acessórios que minhas filhas usam. O resultado disto é uma peça glamorosa e irreverente, daí vem o nome. Foi criado por mim e minha filha Tatiana Noya, e 100% executado por mim e minhas filhas com a ajuda da equipe do escritório. Fiz questão de colar pecinha por pecinha, e olha que foram milhares de chatons pretos e dourados, de diversas formas e tamanhos, além de spikes variados e cristais para aumentar o brilho da peça. Realmente coloquei todo o MEU Coração, meu amor neste trabalho. Espero que gostem!! O evento foi criado pelo Grupo CASA COR, em parceria com a Toptrends, que convidou os profissionais participantes da CASA COR 2013 para personalizarem corações de fibra de vidro. A ideia do projeto surgiu a partir do sucesso dos corações na calçada da entrada do Jockey Club de São Paulo, durante a 27ª edição da CASA COR. Os 78 corações ficarão expostos no D&D Shopping, em São Paulo, entre os dias 7 de outubro e 4 de novembro. Durante o período da exposição, os visitantes poderão fazer seus lances in loco para adquirir as peças ou no hot site – www.toptrendsleiloes.com.br. No dia 4 de Novembro será realizado o leilão.

Coração Glam Punk
tatiana Noya
Marcos Almeida e Adriana Noya
Tatiana Noya, eu, marcela Noya, Giorgia e Zi

Casa Cor 2013- Loft da Blogueira

Clássico, jovem, leve e divertido, esta é a proposta do Loft da Blogueira, projeto inspirado nas blogueiras de estilo, mulheres jovens, com muita personalidade, bem informadas, viajadas, fashionistas, que estão antenadas com tudo que acontece no mundo, e com suas opiniões postadas nos seus blogs ditam tendências, se tornam referencia.

Composto de três ambientes, sala de estar/jantar com cozinha integrada, dormitório com closet integrado e sala de banho o Loft da Blogueira é um projeto completo, que atende com conforto e beleza o conceito de morar bem.

Papel e Revestimentos de Parede

Iniciei uma pesquisa com meus fornecedores para saber os ítens sustentáveis que cada empresa tem em linha.  Vou fazer uma série de postagens sobre os produtos que temos disponíveis. Optar pelos produtos que causam menos ou nenhum dano ao meio ambiente já seria uma grande contribuição para o Planeta. Calcular corretamente a quantidade para gerarmos menos resíduos também seria uma atitude excelente. Vamos pensar um pouquinho na hora de especificar e comprar.

Alguns aspectos que podemos analisar são, que atitudes sustentáveis os fabricantes e a empresa que comercializa tem? Qual a procedência dos produtos? Que matéria prima? É extraída de forma adequada? Polui os mananciais ou geram resíduos danosos ao meio ambiente? Que tipo de embalagem é utilizada? Geram componentes voláteis?(Cheiros fortes não são um bom sinal) Possui algum selo que ateste sua sustentabilidade? São muitos selos que já existem no exterior, aqui no Brasil poucos ainda são conhecidos. Mas aos pouquinhos eles chegarão.

A primeira empresa com quem conversei foi a Orlean, de revestimentos e papéis de parede, conversei com o Ricardo Paiva que me esclareceu sobre os produtos que comercializam:

SUSTENTABILIDADE DOS PRODUTOS DA ORLEAN

Para todos os fornecedores de revestimentos de parede da Orlean, a sustentabilidade já é realidade há muitos anos.

As rígidas legislações da Europa e dos Estados Unidos estimularam a preocupação ambiental nessas empresas, impulsionando a redução do uso da água e de agentes químicos nocivos no processo produtivo e o cuidado ao não despejar os resíduos no sistema público de abastecimento nem no meio ambiente.

Eles utilizam apenas papéis provenientes de áreas com manejo florestal eficiente, comprovado através do certificado FSC – Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal).

Além disso, há coleções como a Bark Cloth, da belga Arte, produzida a partir da casca da figueira, por uma tribo em Uganda, com chancela da Unesco. Uma produção totalmente sustentável e manual, sem prejuízos ao meio ambiente e com forte função social.

Já nas instalações, a Orlean utiliza somente cola sem solventes, como a produzida à base de amido de mandioca ativado pela água, um recurso não propagador de odores.

Outra razão para o uso dos papéis e revestimentos de parede é a longa durabilidade oferecida: enquanto uma pintura, cujo material deriva de minerais e materiais voláteis dura em torno de 3 anos, um papel de parede pode permanecer durante 8 anos em ótimo estado, o que automaticamente o torna um material ecologicamente mais eficiente.

Especificação Correta

Ao especificar um material para ser usado em uma construção, devemos levar em consideração vários aspectos. Deveremos levar em conta o tipo de uso, que manutenção terá, quantas pessoas vão usar, a que tipo de condições vão estar submetidos. Por exemplo ao especificar um material cerâmico, não é só a aparência que interessa, são varios aspectos, como segue neste trecho retirado do site do inmetro:

Características Físicas:

Absorção de Água

Um dos parâmetros de classificação das placas cerâmicas é a absorção de água, que tem influência direta sobre outras propriedades do produto. A resistência mecânica do produto, por exemplo, é tanto maior, quanto mais baixa for a absorção.

As placas cerâmicas para revestimentos são classificadas, em função da absorção de água, da seguinte maneira:

Porcelanatos: de baixa absorção e resistência mecânica alta (BIa Þ de 0 a 0,5%);

Grês: de baixa absorção e resistência mecânica alta (BIb Þ de 0,5 a 3%);

Semi-Grês: de média absorção e resistência mecânica média (BIIa Þ de 3 a 6%);

Semi-Porosos: de alta absorção e resistência mecânica baixa (BIIb Þ de 6 a 10%);

Porosos: de alta absorção e resistência mecânica baixa (BIII Þ acima de 10%)

A informação sobre o Grupo de Absorção deve estar presente na embalagem do produto e é de fundamental importância para que o consumidor selecione produtos que se adeqüem às suas necessidades, entre eles, o local onde será assentado. Para locais mais úmidos, como banheiros, por exemplo, recomenda-se a utilização de revestimentos com absorção de água menor e vice-versa.

É importante ressaltar que as placas cerâmicas classificadas como BIII, com absorção de água acima de 10%, são recomendadas para serem utilizadas como revestimento de parede (azulejo), justamente por possuírem alta absorção e, portanto, resistência mecânica reduzida.

Módulo de Resistência à Flexão e Carga de Ruptura

Essas características estão relacionadas diretamente à absorção de água do produto. São importantes, principalmente no caso de placas para revestimento de lugares que receberão cargas e veículos pesados, como garagens, por exemplo, ou seja, que necessitem de uma resistência mecânica maior.

Expansão por Umidade (EPU)

Esse fator é considerado crítico, principalmente, quando o produto se destina ao revestimento de ambientes úmidos, tais como piscinas, fachadas e saunas.

Produtos resultantes de uma etapa de queima incompleta, quando submetidos a diferenças extremas de temperatura, podem apresentar variações em suas dimensões (dilatação ou contração).

A expansão por umidade é uma das causas do estufamento e da gretagem.

Resistência ao Gretamento

O termo “gretamento” refere-se às fissuras da superfície esmaltada, similares a um fio de cabelo. Seu formato é, geralmente, circular, ou espiral, ou em forma de teia de aranha e é resultante da diferença de dilatação entre a massa e o esmalte. O ideal é que a massa dilate menos do que o esmalte.

A tendência ao gretamento é medida submetendo a placa cerâmica a uma pressão de vapor de cinco atmosferas, ou seja, a uma pressão cinco vezes maior que a pressão normal, por um período de duas horas.

Esse processo acelerado reproduz a EPU (Expansão por Umidade) que a placa sofrerá ao longo dos anos, depois de assentada.

6.3. Características Químicas:

Resistência ao Manchamento e Resistência ao Ataque Químico

Esses ensaios verificam a capacidade que a superfície da placa possui de não alterar sua aparência, quando em contato com determinados produtos químicos ou agentes manchantes.

Os resultados desses ensaios permitem alocar o produto em classes de resistência para cada agente manchante ou para cada produto químico especificado na Norma.

As classes, em ordem decrescente de resistência, são:

Ataque Químico
Classificação Definição
A Ótima resistência a produtos químicos
B Ligeira alteração de aspecto
C Alteração de aspecto bem definida

 

Manchamento
Classificação Definição
5 Máxima facilidade de remoção de mancha
4 Mancha removível com produto de limpeza fraco
3 Mancha removível com produto de limpeza forte
2 Mancha removível com ácido clorídrico/acetona
1 Impossibilidade de remoção da mancha

 

As não conformidades encontradas no ensaio de Resistência ao Ataque Químico, onde é simulada a utilização de produtos de limpeza (amoníaco, cloro e produtos ácidos), sobre o revestimento, estão relacionadas à composição do esmalte.

Em relação ao ensaio de Resistência à Manchas, as não conformidades são resultantes da queima incompleta da matéria-prima.

Se especificarmos o material, já estaremos contribuindo bastante para o meio ambiente, pois além de uma manutenção mais simples, terá um ciclo de vida mais longo, e desta forma, não precisará ser substituído rapidamente e não gerará resíduos desnecessários, na sua troca.